O que ter em conta ao escolher uma conta poupança

“Dinheiro parado na conta é como dinheiro debaixo do colchão – ou se perde, ou se gasta ou desvaloriza”.

Ao escolher uma conta poupança, é importante considerar vários fatores para garantir que seleciona a melhor opção para as suas atuais necessidades financeiras. Mas antes de lá chegarmos devemos saber responder a três simples questões:

  • Qual o meu objetivo?
  • Quanto quero poupar?
  • Quando vou necessitar do dinheiro?

Após determinarmos as nossas respostas, passamos à análise de mercado e, neste sentido, eis o que deveremos ter em consideração ao selecionar uma conta poupança:

  1. Requisitos de Saldo, Segurança e Seguro

Saber qual o depósito inicial a subscrever (montante necessário para abrir a conta) e qual o saldo mínimo que deve ser mantido para evitar comissões ou para ganhar juros é dos primeiros pontos a ter em consideração, pois terá impacto direto na liquidez financeira presente e futura. Assim é importante perceber se iremos conseguir manter a conta poupança face à nossa realidade do dia-a-dia ou mesmo imprevisibilidades que possam ocorrer.

Devemos garantir também que o banco está coberto pelo Fundo de Garantia de Depósitos e que garante depósitos até €100.000 por depositante (Seguro de Depósito) bem como qual a estabilidade e reputação atual do banco, por forma a termos o máximo de segurança possível sobre os nossos investimentos.

 

  1. Taxas de Juros e Ofertas

Outro dos pontos mais importantes são as taxas de juros aplicadas.

Na procura e análise, é necessário ter em conta as contas que oferecem as taxas de juros mais competitivas, de forma a maximizar as nossas poupanças e, verificar qual o tipo de taxa, isto é, se a conta oferece uma taxa de juros fixa (que permanece a mesma ao longo do tempo) ou uma taxa variável (que pode mudar).

Existem ainda ofertas ou programas de fidelidade aos quais deveremos ter atenção, tais como ofertas de taxas de juros promocionais, bónus por abrir uma nova conta ou atribuição de benefícios para clientes de longa data.

  1. Taxas, Encargos e Considerações Fiscais

Como em tudo, não existem só pontos positivos, e por isso devemos ter em atenção os eventuais custos associados à constituição de uma conta poupança, que poderão afetar o nosso retorno líquido. Alguns exemplos dos mesmos são as comissões de manutenção (mensais ou anuais), taxas de transação (cobranças por determinados tipos de transações, como levantamentos ou transferências), penalizações por levantamento antecipado (levantar fundos antes da data de vencimento) e, quanto à componente fiscal, o imposto sobre juros (sujeitos a retenção na fonte (IRS)).

  1. Condições e características da Conta:

Por último, mas não menos importante, devemos sempre ler as letras pequenas para certificar que entendemos todas as condições apresentadas.

Em termos de características da conta poupança, convém sempre confirmar a capacidade de configurar transferências automáticas para aumentar as suas poupanças, a opção de conectar a outras contas (proporcionando uma gestão mais simples) e a definição de limites de levantamento (isto é, restrições sobre o número de levantamentos que se pode fazer sem incorrer em penalizações).

Em suma, escolher a conta poupança mais adequada em Portugal requer uma análise cuidadosa das taxas de juro, condições de acesso e flexibilidade do produto financeiro, fatores que podem fazer toda a diferença no crescimento das poupanças ao longo do tempo. Neste contexto, a literacia financeira assume um papel fundamental, permitindo que cada pessoa faça escolhas mais informadas e alinhadas com os seus objetivos financeiros, garantindo maior segurança e rentabilidade nas suas decisões.

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2024-10-30T10:41:25+00:00