A importância e os desafios da criação de uma Poupança

O Dia Mundial da Poupança celebra-se desde o dia 31 de outubro de 1924, quando ocorreu o primeiro Congresso Internacional de Poupança em Milão. O objetivo era consciencializar todas as pessoas no mundo acerca da importância de poupar o seu dinheiro, através da colocação em depósitos numa instituição bancária em vez de o guardarem em casa.

Depois da Segunda Guerra Mundial deu-se continuidade às iniciativas anuais pelo mundo, na mesma data e sempre com o mesmo objetivo: a poupança.

Nos dias de hoje, Portugal viu, com a pandemia, aumentar os níveis de poupança, apesar de ser das mais baixas da Europa, mas a guerra na Ucrânia provocou a diminuição inesperada de rendimentos de muitas famílias, pela escassez das matérias-primas, que levou ao aumento do valor de bens de consumo e ao aumento dos juros. Estes efeitos levaram, consequentemente, à diminuição do poder de compra devido ao aumento dos preços.

Sabemos também que os créditos são um dos maiores desafios às poupanças e saúde financeira das famílias e, muitas vezes, o recurso ao crédito tem como origem os imprevistos e a falta de um fundo de emergência necessário para aliviar os mais variados constrangimentos.

Nem todas as famílias conseguem colocar em prática um plano de poupança, pois o seu esforço financeiro é por vezes muito grande e os subsídios de férias e natal servem para colmatar esse mesmo esforço. Mas, ainda assim, e caso seja possível poupar através de uma poupança regular, pode constituir um fundo de emergência para imprevistos, que possam fazer face ao aumento das despesas ou a redução do rendimento.

Apesar de se falar muito na necessidade de poupar, continuam a ser poucas as famílias que podem ter os seus planos de poupança quer de curto, médio ou mesmo de longo prazo e que investem noutros produtos para além dos depósitos ou títulos do Tesouro.

Aprenda a poupar:

  1. É necessário conhecer as suas fontes de receitas e os seus gastos, desta forma conseguimos melhorar a gestão do orçamento;
  2. Fazer um plano de gastos, que pode incluir, numa ou mais linhas, um fundo de emergência e/ou plano de poupança (por exemplo, para a compra de um bem ou um serviço). Mesmo que sejam poucos euros por mês, é sempre um bom começo;
  3. A diferença entre as receitas e as despesas resulta na potencial poupança;
  4. A aplicação dessas poupanças deverá ser efetuada de forma sensata e em produtos que possam ajudar a fazer crescer os valores até agora amealhados de forma estruturada.

Desta forma, uma gestão responsável do orçamento implica atribuir uma parte da poupança à constituição de um complemento de reforma, procurando um investimento seguro.

Poupar deve fazer parte da cultura de todos para que, de forma estruturada, se consiga criar algumas reservas para momentos de necessidade ou de investimento.

Boas poupanças!

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2023-05-12T11:31:50+00:00